Podemos não perceber, mas algumas atitudes que tomamos não são por vontade própria. Mas por que não?
Quantas vezes você já deixou de fazer alguma coisa por causa de alguém? Ou mudou os planos? Deixou ou fez algo para não ter dor de cabeça?
Se em algum momento você pensou em pais,
familiares ou até mesmo amigos, pode ter certeza que você não foi o único a
pensar o mesmo. Quem nunca teve alguma discussão ou problema por causa de livre
arbítrio?
É engraçado pensar que a palavra “maioridade”
pode significar tanta coisa e ao mesmo não significar nada; como ter idade te
dá um passe livre em muitas coisas, mas ao mesmo tempo não muda muita coisa.
Viver o presente muitas vezes é mais difícil e diferente daquilo que
imaginamos. Queremos muito viver coisas das quais esperamos muito tempo para
ter a experiência pela primeira vez, mas a realidade é mais diferente do que
imaginamos. Se já imaginou que ter 18, 19 ou 20 anos signifique “posso fazer o
que quiser agora porque já sou adulto” ou “as coisas vão ser diferentes daqui
para frente”, sinto lhe informar que o buraco é mais embaixo e normalmente, não
é assim que as coisas funcionam. Por experiência própria e por relatos de
conhecidos, é fato dizer que “ter idade adulta e fazer o que quiser”, é muito
diferente de “ser adulto e fazer o que é preciso”; muitas vezes é preciso abrir
mão de algumas coisas e se sacrificar para ter muitas coisas e (na minha opinião)
liberdade é uma delas.
Acho que todos já ouviram histórias de
rebeldia e “liberdade” com algumas atitudes que muitas pessoas tiveram a audácia
ou até mesmo coragem de fazer . Algumas para o prazer ou satisfação e
realização própria, sem pensar nas consequências. Mas nem sempre essas vontades
são realizadas tão facilmente sem ter nenhum enrosco ou dor de cabeça; é muito
comum deixarmos de fazer coisas por causa dos outros como emprego, família e
principalmente nossa própria auto suficiência. Podemos não perceber, mas
deixamos de fazer muitas coisas para agradar aos outros. Maioridade não
significa ser dono do próprio nariz, isso demora muito mais do que esperamos e
até esse dia chegar, vivemos sob regras e limitações das quais não podemos
lutar, afinal de contas, precisamos delas para continuar tendo um teto sob nossas
cabeças. Pode parecer radical; pode até ser, mas seria mentira negar que pelo
menos alguma vez na vida deixamos de fazer algo por conta dos outros, seja para
agradar ou não, somos submissos por um bom tempo até termos capacidade de
cuidar de nós mesmos.
Muitos conseguem viver assim, um pouco mais
submissos até conseguir andar com as próprias pernas, mas existem outros que,
mesmo com todos contra ele, realiza as próprias vontades de imediato, sem ligar
para os outros. Independente disso,
tanto um quanto o outro, tem consequências das quais nem sempre podemos
escolher. As vezes realizar a vontade de seus pais e ser mais submisso pode ser
mais confortável e te gerar menos dor de cabeça, você até fica satisfeito mas
sabe que está abrindo mão de algumas coisas, mas cabe a você decidir como quer
viver.
Acho que não existe um certo ou errado.
Tudo depende do ponto de vista e cabe a cada um decidir que tipo de vida quer
ter. Pode parecer idiota, mas tudo depende do ponto de vista, nem tudo é de
todo bom ou mal, mas uma coisa é certa, não importa o que, ter coragem de viver
do jeito que você acredita ser certo ao redor de tantas opiniões, ideias e pessoas
diferentes é difícil e um verdadeiro desafio.
Já pensou nisso?
O post vai ficando por aqui, com um clima
filosófico no ar.
Beijos e abraços,
Garota 97 saindo do ar...